Oito clientes. Nada mal para uma segunda-feira, pensei enquanto saboreava o expresso na cafeteria que freqüentava regularmente.
Peguei o jornal que estava sobre a mesa e fui direto para as páginas policiais. Li sobre os números da violência no país. A quantidade de assaltos, agressões e mortes me faziam pensar na imensidão de pessoas praticando o mal. Isso sem contar as tantas outras ocorrências não registradas.
Não há escapatória. É uma questão de tempo a violência chegar até você. É estatística, é probabilidade, concluí.
Terminei o café, levantei da mesa, deixei o pagamento e mais um trocado pro garçon que sempre me atendia tão bem e segui o caminho de casa.
Mal comecei o trajeto e observei na minha frente uma senhora, cabelo branco, a passos lentos. Bem arrumada, como tantas que circulavam naquele bairro nobre e residencial, repleto de cafés, lojas de boas marcas e bastante arborizado. Ela segurava sua bolsa sem muita preocupação.
Embora hoje os agressores já não escolhessem muito suas vítimas, aquela era uma presa fácil, sem dúvida. Desatenta. Frágil. Olhei para os lados, ninguém na rua além de nós dois. Como ela pode ser tão distraída?! Tsc, tsc, pensei chacoalhando a cabeça.
Saquei a arma, apontei para a cabeça da senhora e sem deixar que ela se virasse exigi que me entregasse a bolsa e caminhasse sem olhar pra trás. Não poderia perder aquela oportunidade, ainda mais com tanta concorrência por aí.
Hm, trezentos reais, um celular e um par de óculos de grife.
Nove clientes. Nada mal para uma segunda-feira.
Peguei o jornal que estava sobre a mesa e fui direto para as páginas policiais. Li sobre os números da violência no país. A quantidade de assaltos, agressões e mortes me faziam pensar na imensidão de pessoas praticando o mal. Isso sem contar as tantas outras ocorrências não registradas.
Não há escapatória. É uma questão de tempo a violência chegar até você. É estatística, é probabilidade, concluí.
Terminei o café, levantei da mesa, deixei o pagamento e mais um trocado pro garçon que sempre me atendia tão bem e segui o caminho de casa.
Mal comecei o trajeto e observei na minha frente uma senhora, cabelo branco, a passos lentos. Bem arrumada, como tantas que circulavam naquele bairro nobre e residencial, repleto de cafés, lojas de boas marcas e bastante arborizado. Ela segurava sua bolsa sem muita preocupação.
Embora hoje os agressores já não escolhessem muito suas vítimas, aquela era uma presa fácil, sem dúvida. Desatenta. Frágil. Olhei para os lados, ninguém na rua além de nós dois. Como ela pode ser tão distraída?! Tsc, tsc, pensei chacoalhando a cabeça.
Saquei a arma, apontei para a cabeça da senhora e sem deixar que ela se virasse exigi que me entregasse a bolsa e caminhasse sem olhar pra trás. Não poderia perder aquela oportunidade, ainda mais com tanta concorrência por aí.
Hm, trezentos reais, um celular e um par de óculos de grife.
Nove clientes. Nada mal para uma segunda-feira.
O Destro
15 comentários:
PUTZ!
Impressionante o conto!
parabéns
Pois é né?! tanta gente má no mundo...
Eu tenho uma lan house em Brasília e já fui assaltado duas vezes.
Infelizmente o que não falta no nosso mundo são pessoas querendo praticar o mal =/
[]s
Muito bom o conto... me surpreendi com o final.
Adorei os outros textos que li e vou favoritar, para não perder de vista! ;)
até mais!
Nossa, realmente surpreendente o final!!! Isso, infelizmente é mais um reflexo da indivualidade humana q está cada vez mais cristalizada no nosso comportamento! Infelizmente....
Um abraço.
Caraca!
Muiito legal o conto...
adorei seu blog, vou visitar sempre tbm!
Obrigado pela sua visita
Bjs!!!
Meu, adorei! Sem palavras... ahahah
Já falaram por mim!
;*
muito bom cara
bom assunto e muito bem atualizado
parabéns
www.campestreopen.blogspot.com
Favoritado! :D
Gostei dos layout´s;;;;;
sou um tanto preguiçoso em relação a grandes post´s, porém o seu é mais bem trabalhado...parabéns...
http://sacochei.blogspot.com
mto bom :)
Achei otimo e fiquei imaginando a cena em Buenos Aires ou Porto Alegre num frio invernal.
Ganhou uma nova leitora...
Parabéns...
Muito bom seu blog!
Pára tudo!!!
Seu blog é o mais sensacional que encontrei nos últimos tempos. Vou parar tudo que estava fazendo para ler mais alguns posts, esse é simplesmente fenomenal.
Parabéns!
(peço permissão para por o link no meu blog, ok?)
Valeu.
É, friend....viu como a gente perde tempo mesmo?
hehe
Parabéns pelo conto, tu sabe que curto tudo que tu escreve.
O Canhoto
Opa!!!!
Que a produção descanbou por aqui!!!
Té que enfim!!!!!
Bjzzz
ótimo!!!!
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