quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

A medida da paixão



Qual a medida da paixão? Quais os sintomas? Eles são reais ou não passam de mera manifestação de nosso excesso de carência? Quando temos a plena certeza de que estamos apaixonados? Essa certeza existe? A doce sensação de bem-estar que permeia o coração de apaixonados mundo afora é, certamente, o que me cria essa série de indagações....de perguntas sem respostas...Afinal, eu, não vivo se não estou apaixonado.


Às vezes acho que confundo essa "paixão" com excesso de carinho, com gratidão, com carência ou com o beijo na boca que me fez tremer as pernas. Ao mesmo tempo, paixão envolve tudo isso. E um pouco mais. Mais tesão, mais palpitar de corações, mais expectativa. Paixão é uma fase cega (não dizem por aí que o "amor é cego" também?). Bem pensado, aliás: paixão e amor. Um antecede o outro? Um não vive sem o outro? É possível amar sem apaixonar-se antes? Já amei um dia? Sim, amei. E amei apaixonadamente.

O beijo que me fez tremer as pernas pode ter desencadeado essa paixão de hoje. Se estou apaixonado? Já disse antes: não vivo se não estou apaixonado. Mas refletir sobre isso é o mesmo que dar um nó em minha cabeça. Confessar essa paixão – ou qualquer outra – é uma tarefa difícil pra mim. Pois nunca sei até que ponto é verdade ou ilusão...até que ponto me fará bem ou me deixará noites sem dormir. Não consigo medir se meu coração bate pela paixão ou se pela absoluta falta de certeza de tudo (help me please!!).

Q
uando me apaixono viro o cara mais insuportável do mundo – e o mais doce também. É incrível como temos o dom de complicar tudo, não? Mas quem disse que seria fácil? Acredito que apaixonar-se não é pra qualquer um. Paixão exige renúncia. Temos que deixar algumas máscaras de lado – mesmo que momentaneamente. É quando nos mostramos ao outro. Quando abrimos nossa vida e dizemos: “Entre!”.

A dúvida é: será que é isso mesmo? Será que tudo é mais simples do que vejo? Mais palpável do que nos meus sonhos? Mais real do que absurdo? Ou é o contrário?

A medida da paixão não existe. Os sintomas são pessoais e universais. Podem ser reais, sim. E também podem suprir aquela saudade que nos traz um coração vazio de tudo.

Tenho certeza de que estou apaixonado. E não tenho certeza de nada.
Tão certo. Tão errado.
Tão.

O Canhoto

8 comentários:

Anônimo disse...

Esse é vc...ou seria eu!
Como conseguiu nos ver assim...

Anônimo disse...

... a medida, por si, é ilusão, serve pra nos confortar perante tooooodas as incertezas da vida.
A medida da paixão
A medida do real
A medida da dor
A medida da felicidade...

... cada um, por si, mede... e se ilude!!!

Bjos

Anônimo disse...

“... Quais os sintomas? Eles são reais ou não passam de mera manifestação de nosso excesso de carência?...”.
Pois é... Boas e interessantes perguntas! Como saber?

Concordo com você, é muito difícil identificar os sintomas, saber se reais ou fantasiosos, se fruto da carência ou da paixão, se nosso coração bate pelo outro ou por uma fantasia... É amor? É paixão? É afinidade? É carência? É fantasia? É empolgação?...

Mas creio que saber com certeza seria racionalizar, intelectualizar. E paixão não é razão, é coração. Estar apaixonado é não saber, é não ter certeza, é tremer de insegurança, é ir ao céu com um simples beijo...

Sabe, recentemente, estive assim: perdidinho, perdidinho... Hehehe... Sem saber o que sentia, se era ou não era paixão. Fui beijado, acariciado, fui ao céu! Tremi as pernas, senti frio na barriga, fiquei inseguro... Me questionei, me perguntei e não consegui saber o que era: Paixão? Carência? Fantasia? Agi como adolescente: quis, procurei, insisti. Nada. Fui rejeitado! Sofri, chorei... Por alguém que havia conhecido fazia apenas um mês, e com quem estive uma noite!

Que acha dos sintomas? Qual o diagnóstico?
Pois é, parece, não é? Indícios de paixão! E eu que me acreditava, aos 38 anos, novamente alguém racional, equilibrado, imune às paixões. Mas é humano, é vida..., é a PAIXÃO!

MaxReinert disse...

Amor tão puro
Amor impuro
Nada parece
Ser mais escuro
que o definir-vos:
Às vezes graça
Tão luminosa
Às vezes pena
Tão perigosa...

E às vezes rosa
Tão Matutina
Que a mim não cabe
(Eu, peregrina)
O descobrir-vos.
Antes à tarde
Cansar a pena
No definir-vos.

- Ai, quem padece
De tanto amor
E em alta chama
Sua vida aquece?

- Ai, quem seria?
Sendo por vós
Só poderia
Ser eu, senhor.

(Hilda Hilst?

Anônimo disse...
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Unknown disse...

Paixão é um estado de torpor, onde o perigo é eminente. Campo minado onde um passo em falso pode decidir entre o fim e o começo de um grande periodo de extase ou sofrimento. Danger my friends!!
David Fagundes

Anônimo disse...

se existe amor sem paixao?
existe! eu amo meu namorado e nunca fui apaixonada por ele..
BOM? não é ruim. mas seria melhor se a paixao estivesse junto
por mais que a paixao nos deixe as vezes deprimido, ancioso, nervoso... é o que trais mais emoção a vida.
Prefiro estar apaixonada a amar alguem.. amor e paixao, dificil fazer asduas coisas.

Anônimo disse...

se existe amor sem paixao?
existe! eu amo meu namorado e nunca fui apaixonada por ele..
BOM? não é ruim. mas seria melhor se a paixao estivesse junto
por mais que a paixao nos deixe as vezes deprimido, ancioso, nervoso... é o que trais mais emoção a vida.
Prefiro estar apaixonada a amar alguem.. amor e paixao, dificil fazer asduas coisas.