Acabo de assistir ao filme “Quem somos nós?”. São duas horas da manhã e o sono cedeu espaço a uma espécie de euforia. Fui tocado. Fui contagiado. Algumas pessoas já haviam me indicado o filme e só o assisti hoje por que o outro filme que eu havia locado (memórias de uma gueixa) resolveu trancar no dvd aos 40 minutos. E eu estava adorando. No tempo do videocassete não tinha isso (hehe).
Mas não quero falar do filme, mas das sensações que me percorrem neste instante. Sinto que sei muito pouco, sobre mim e sobre os outros, sobre o universo, sobre espiritualidade. Mas está sendo incrível ter esta sensação de não saber. Só aceitando essa condição me sinto aberto ao que eu não sei. Você já pensou sobre o quanto aquilo que a gente “sabe” interfere sobre o nosso aprendizado, sobre aquilo que a gente ainda não sabe? Sinto que só aceitando que pouco sei é que consigo vir a saber mais e não deixar que o meu saber já existente interfira nesses novos caminhos.
Ao criar julgamentos, vicio minhas emoções e vou eliminando possibilidades não experimentadas. E se ter novas idéias, novas perspectivas, novos níveis de consciência a respeito de algo, e se permitir-se tudo isso for tão contagiante quanto os vícios químico-emocionais? Assim, passamos a criar o que nos rodeia e não ser vítima das circunstâncias. É como se viesse de mim, mas ao mesmo tempo fluísse tanto que parecesse não vir de mim.
Sinto-me capaz de romper padrões de comportamento a que eu estava propenso e assim abrir mais espaço à realidade potencial e menos àquela que me acostumei, que me viciei, que me resignei, medíocre.
Amor, culpa, vergonha, sexo... tudo inerente à condição humana. Só que a nossa condição pode ser ampliada a um novo nível. Afinal o que você está fazendo com você? Não gosto do que eu vinha fazendo comigo. E isso muda tudo.
Não é magia nem blá-blá-blá esotérico, como eu já disse que não engulo, em outro post. Pelo contrário, se eu percebo palpável é por que sinto tangível e, portanto, real, ou pelo menos passível de ser.
Quantos pensamentos na tentativa de se aprofundar em direções que talvez fizessem muito sentido foram destruídos ao longo da história?
2 comentários:
é exatamente assim que me senti ao asssitir. Uma redescoberta das minhas potencialidades e algumas certezas com vontade de serem derrubadas!
euforia
amo o novo!
muito bom texto!!
beijo
Criar novos mundos dentro de ti. Se descobrir e se transformar. Se descobrir mais e se retransformar. Não é fuga, mas auto-conhecimento. Os budistas chamam isso de Samsara.
Tu és um dos caras com maior potencial para o auto-conhecimento com o qual eu já tive prazer de cruzar caminhos. Muito mais do que um mero saco de ossos...
Nunca vou esquecer disso...
Abraço forte
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