
Manezinhos de plantão: podem me odiar se assim quiserem, mas o fato é que a prestação de serviços em Floripa é uma bosta. Hoje ao meio dia, andava eu pelo centro da cidade e resolvi dar uma paradinha em uma loja de tênis. Pronto. Bastou eu colocar os pés dentro do estabelecimento para o vendedor se GRUDAR em mim.
- Posso ajudar?
- Oi. Não, obrigado. Só quero olhar mesmo.
- Esse tênis aqui é muito bonito. Chegou agora. Você vai gostar. Qual teu número? Vou pegar um pra você experimentar, lá no estoque tem e...
- Não, obrigado, eu já estou indo...
- Rapidinho, pego ali, tenho certeza que você vai levar. Qual teu nome?
- Hã...............................Francisco...
- Ok, Francisco, meu nome é Marcos, já volto. Qual teu número mesmo?.......Francisco??
Virei as costas e saí correndo. É admirável a capacidade que certos vendedores daqui têm em tirar o cliente do sério. Custa dar um espaço pra pessoa simplesmente olhar o produto, sem ter um urubu desses sobrevoando ao redor? Se esse cara acha que persuasão é enfiar uma venda goela abaixo do cliente, lamento, ele tem que estudar um pouquinho.
Outro dia, em uma loja de eletrodomésticos, mais uma: entrei procurando um produto. Não encontrei. Fiquei olhando pra ver se algum dos vendedores me atendia. Alguém veio? Não! Continuei ali e quem veio me propor ajuda foi uma dessas vendedoras de aparelhos celulares, que ficam em pequenos balcões das operadoras de telefonia dentro de algumas lojas e que, portanto, NÃO SÃO funcionárias da loja em si. Ela me mostrou o local onde estava o produto que eu queria e ainda me deu um folheto com produtos em promoção. Nota dez pra ela. Nisso, um distinto vendedor (esse sim, funcionário da loja) se posta em minha frente, atendendo uma cliente que havia entrado na loja depois de mim. E ali permaneceram os dois, juntinhos, tapando toda e qualquer visão que eu pudesse ter naquele momento sublime. Para evitar uma discussão, passei a conferir as promoções no folheto, esperando que eles voassem dali em seguida. Quando algo me interessou no folheto, olhei para trás pra ver se encontrava o produto no balcão. Assim que virei, o vendedor puxou o folheto da minha mão para mostrar à cliente. Eu pirei. Desci a lenha. Saí de lá xingando até a 8ª geração do cara, com a certeza de que não existem vendedores preparados nessa loja e que, por isso, não ponho mais meus pés lá. Gente burra.
No dia seguinte fui em outro estabelecimento, procurando o mesmo produto. O vendedor até me informou o preço, mas com um detalhe: o sujeito estava abaixado, olhando sei lá o que, há uns 3 metros de distância, sem me olhar na cara. Corri para outra loja dessa mesma rede, reclamei do atendimento para o vendedor que me atendeu e descobri: o tal vendedor da outra loja me informou o preço errado. O produto estava quase R$ 50,00 a mais! Não dá vontade de socar?
Floripa é uma cidade que encanta. A ilha é linda, beleza natural é o que não falta e, em virtude disso, turistas também. Eles invadem a ilha, ano após ano. Ninguém pode reclamar. Mesmo que ainda hoje muitos manés insistam em desdenhar os benefícios da vinda de turistas pra cá, a cidade vende turismo e é o turismo que move a cidade. Mas o setor de prestação de serviços de Florianópolis parece não ter acompanhado o desenvolvimento que o turismo trouxe. E, quanto maior o desenvolvimento, presume-se, maior o nível de exigência dos visitantes. E é aí que você encontra garçons mal educados, taxistas desonestos, vendedores que não conhecem o produto que vendem, recepcionistas com um humor do cão, guardas de trânsito pouco informados e por aí vai – a lista só aumenta. Sei de histórias de amigos, conhecidos e até familiares que aqui vieram e aqui foram mal tratados no comércio, em restaurantes e até em botequim de beira de praia. Ridículo. Às vezes parece que essa gente pensa que tá fazendo um grande favor em atender bem.
Sei que casos assim não são exclusividade de Florianópolis. But, só posso falar do lugar onde vivo. 42 praias, gente bonita, sol, verão e diversão não bastam. Tem que atender bem, sim senhor. É obrigação. Pena que, nesse quesito, Floripa ainda é, muitas vezes, nota zero. E, sinceridade...não consigo entender o por quê.
Desabafo by
O Canhoto
4 comentários:
Bem... eu, o Destro, acabo de chegar aqui na casa do Canhoto... e, confesso, espero não passar por nada que reitere esses comportamentos. (quem não passou por uma dessas é privilegiado)
Queridos, se posso aliviar a indignaçao, aqui na Italia, ou melhor, Trento (para nao generalizar), tratar mal cliente tah nas prioridades de qualquer vendedor por aqui. Sera que eles fizeram curso de atualizaçao em Floripa? hahaha
bah é realmente absurda a falta de visão de comerciantes e GESTORES PÚBLICOS de SC. Eu já estive em situações muito adversas nestas lindas praias. Uma vez fui a camboriu com meu filho. escolhi justo esta porra de praia por acreditar que tinha mais infra pra qualquer eventualidade. Justo o menino teve uma otite. Mesmo com Unimed fui a um serviço de saúde e esperei 4 h pra atendimento. Outra vez em meio a um feriado em que Bombinhas fica LOTADA. não encontrei nenhum serviço de atenção ao turista. Imagina, regina... pra que????
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