A jóia está opaca. Já não reflete a luz da mesma forma. Já não tem aquele dourado. Não há mais flanela, fluido, polimento que a recupere. É como se tudo que aconteceu esteja ligado à intensidade daquele brilho de outrora.
A aliança na verdade já não cabe mais no dedo há algum tempo. Antes pelo súbito emagrecimento após o término e, agora, com o dedo mais grosso, mais gordo, ela continua a não servir.
Houve um tempo, entretanto, que serviu. E brilhou. Como o sorriso no meu rosto, capturado em fotos já também desbotadas.
O anel está ali, perdido entre um relógio e uma pulseira, na mesma caixa onde esteve por tanto tempo, mas que de tão apagado não era percebido.
Mas esse anel mágico, capaz de selar a união entre duas pessoas, continua a ser um espelho. Antigo, manchado, mas onde ainda me vejo, percebo minhas rugas, enxergo minha vida.
Assim como o anel, já não brilham os filmes, as músicas, os livros. Já não reluzem os aniversários, as festas. Até as cores já quase não se distinguem, seja qual for o comprimento de onda, seja qual for o tom, a nuance. Sou como um fora-da-lei das leis da Física.
Um fog permanente se abateu.
A aliança na verdade já não cabe mais no dedo há algum tempo. Antes pelo súbito emagrecimento após o término e, agora, com o dedo mais grosso, mais gordo, ela continua a não servir.
Houve um tempo, entretanto, que serviu. E brilhou. Como o sorriso no meu rosto, capturado em fotos já também desbotadas.
O anel está ali, perdido entre um relógio e uma pulseira, na mesma caixa onde esteve por tanto tempo, mas que de tão apagado não era percebido.
Mas esse anel mágico, capaz de selar a união entre duas pessoas, continua a ser um espelho. Antigo, manchado, mas onde ainda me vejo, percebo minhas rugas, enxergo minha vida.
Assim como o anel, já não brilham os filmes, as músicas, os livros. Já não reluzem os aniversários, as festas. Até as cores já quase não se distinguem, seja qual for o comprimento de onda, seja qual for o tom, a nuance. Sou como um fora-da-lei das leis da Física.
Um fog permanente se abateu.
Nada nem ninguém me arrebata.
Letargia. Piloto automático.
Tic-tac. Tic-tac.
O Destro
6 comentários:
Cacoooo!
Q lindo o texto! chorei no cantinho pra ti! Mt filosófico.. mt introspectivo. parece q aquela conversa q tivemos esses dias! Mt show!
Não tenho mais o q dizer. é lindo! se eu tentar comentar vai parecer mais idiota do q jah tá! huahuahua...
te adoro amigo! sorry pelos tetos do vene. eu sei q tu ficou chateado.. mas não foi por querer.. nem pra estragar lance nenhum ok??
bjo!
É como voltar à história do cinema onde as palavras e a monocromia reinavam mas os olhos não estão mais habituados ao ritmo daquele tempo, com a pobreza das cores, com a púpila que não dilata!
bom!!!
o tempo é implacável.
Belo texto! Parabéns pelo blog.
Caco,
Que texto hein .... muuuuito bom, bem em uma data tão especial pra mim.
Fez eu relembrar das coisas do passado, somente as coisas boas que hj .... estão bem distante daquilo que vivemos e que às vezes sinto que não viverei mais.
POr mais que o tempo passe continuo convivendo com essa situação que me incomoda, mas .... é a vida de "gente grande", precisamos passar por isso para amadurecermos.
Mas bem que poderia ser um pouco diferente, mais fácil não acha?
BEijão
BB
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